1. Como se sabe a idade do universo?
Há várias formas de fazer esse cálculo. Uma delas é utilizar um
índice numérico conhecido como constante de Hubble, que relaciona a
velocidade atual de expansão do universo com a distância entre as
galáxias. A partir dessa relação é possível descobrir desde quando as
galáxias estão se movimentando e, conseqüentemente, quando o universo
nasceu. Outra forma é considerar a idade das galáxias como o limite
mínimo para a idade do universo inteiro. Pode-se estabelecer esse tempo
pela análise das características das estrelas. Cor, temperatura e
massa variam de acordo com o estágio evolutivo em que o astro se
encontra. Existem ainda cálculos de física nuclear, que rastreiam
isótopos radioativos em meteoritos. É o equivalente ao carbono 14 usado
para a datação de fósseis.
2. Por que a noite é escura se há tantas estrelas no céu?
A teoria mais aceita postula que, como o universo está se
expandindo, as outras galáxias se afastam velozmente da Terra. Esse
movimento relativo produz um fenômeno conhecido em inglês como redshift,
em que a luz visível das estrelas passa a ser percebida na Terra
apenas em suas frequências menos energizadas. Outra razão é que a luz
emitida por estrelas mais distantes ainda não chegou à Terra.
3. O que aconteceria se a Lua desaparecesse?
A gravidade da Terra e a da Lua se influencia mutuamente. O sumiço
repentino da Lua tornaria o movimento de rotação da Terra caótico como o
de um pião em baixa velocidade. Seria catastrófico para a vida no
planeta, com alterações drásticas do clima. Períodos quentíssimos se
alternariam, de forma aleatória, com fases de frio glacial. Os animais
com mais chances de sobrevivência seriam os aquáticos, já que a
temperatura da água varia mais lentamente. Embora um afastamento súbito
da Lua seja improvável, sabe-se que ela está se distanciando da Terra à
razão de alguns centímetros por ano. Por enquanto, não há motivo para
pânico: bilhões de anos nos separam de um afastamento da Lua capaz de
provocar alterações em nosso planeta.
4. Por que a Lua não tem atmosfera?
A gravidade lunar, um sexto da Terra, não consegue reter os gases
que formam uma atmosfera. As moléculas dos gases que formam a atmosfera
da Terra estão em constante movimento, mas para escapar para o espaço
precisam ultrapassar a velocidade de 11 quilômetros por segundo. Só
gases muito leves, como o hidrogênio, se movem tão rápido. Para fugir à
gravidade da Lua, basta a velocidade de 2 quilômetros por segundo.
5. Por que às vezes a Lua muda de cor?
A Lua, que durante o dia sempre é "vista na cor branca, às vezes,
durante a noite, assume um tom amarelado. Isso porque nosso cérebro
percebe a cor da Lua de maneira diferente nesses dois períodos. Durante
o dia, o céu azul, iluminado pelos raios solares, permite ao cérebro
perceber melhor a cor verdadeira do satélite. À noite, sem a
luminosidade do Sol, nosso cérebro tem maior dificuldade para calcular a
cor correta da Lua. Nos períodos mais secos do ano, esse efeito pode
ser intensificado em função de partículas de poeira e poluição
suspensas na atmosfera.
6. Há regras para a colonização do espaço?
Um acordo assinado pelos países-membros da ONU em 1967, chamado de
Tratado do Espaço, prevê que nenhum país pode se apropriar de corpos
celestes. Como o texto não faz referência explícita a atividades
comerciais ou científicas, tentou-se organizar esse tipo de exploração
em 1979, quando a ONU propôs o Acordo da Lua. Sem os apoios americanos e
soviéticos, o projeto fracassou. Desde então, o entendimento é de que o
espaço é de uso comum.
7. Por que o espaço é escuro mesmo nas proximidades do Sol?
A luminosidade azulada que percebemos na Terra de dia é resultado da
difusão dos raios solares na atmosfera. A ausência de matéria que
exerça função semelhante em outras regiões do espaço torna-o escuro.
8. Por que existem estrelas de diferentes cores?
As cores das estrelas variam em função de sua composição química e
de sua temperatura. As estrelas menos quentes, que queimam a 3 000
graus, têm coloração vermelha. As mais quentes, nas quais a temperatura
é de 30 000 graus, apresentam tons de azul.
9. Qual a maior estrela conhecida?
Em termos de massa e brilho, a maior estrela é Pistola, na nebulosa
de mesmo nome. Acredita-se que sua massa seja 100 vezes maior do que a
do Sol e que emita 10 milhões de vezes mais luz. Levando-se em conta
apenas o tamanho – e não a massa –, a maior estrela conhecida é uma
gigante vermelha no sistema VV Cephei, cujo raio é 4 000 vezes maior do
que o do Sol. Se fosse colocada no lugar do Sol, ela engoliria
Mercúrio, Vênus, Terra, Marte e Júpiter.
10. Por que os gases dos planetas gasosos e das estrelas não se espalham pelo espaço?
Assim como qualquer corpo dotado de massa, os planetas gasosos e as
estrelas têm um campo gravitacional. É a força da gravidade que impede o
gás de se dissipar.
11. As estrelas podem se apagar um dia?
Pode levar bilhões de anos, mas todas as estrelas um dia deixam de
emitir energia luminosa. Isso pode acontecer de três formas. As
estrelas de menor massa se transformam em anãs brancas e perdem o
brilho aos poucos. As estrelas de maior massa explodem. A seguir,
transformam-se em estrelas de nêutrons ou, se tiverem a massa muito
grande, em buracos negros.
12. O que aconteceria com um astronauta se ele caísse num buraco negro?
O campo gravitacional nas imediações de um buraco negro destruiria o
astronauta e sua nave antes mesmo que eles cruzassem o que os físicos
chamam de "horizonte do evento" – ou seja, a região que circunda o
buraco negro de onde não é possível retornar.
13. Um buraco negro pode engolir outro?
Teoricamente, não existem limites para a massa que os buracos negros
podem engolir. Portanto, eles poderiam absorver matéria
indefinidamente. Um buraco negro não pode engolir outro, mas eles podem
se unir, formando buracos negros ainda maiores.
14. Por que um Boeing não consegue entrar em órbita?
Para entrar em órbita, qualquer objeto precisa voar acima da
"velocidade de escape" da Terra – mais ou menos 33 vezes a velocidade
do som na superfície do planeta. Nenhum avião convencional chegou perto
dessa velocidade, muito menos os Boeing comerciais, que são
subsônicos. Ainda que atingisse essa velocidade, o Boeing não se
sustentaria em órbita, devido à ausência de ar.
15. O que aconteceria com um astronauta que se desprendesse da estação em órbita da Terra?
Se ele simplesmente se soltasse, seu destino seria vagar pelo
espaço, sendo lentamente puxado para a Terra pela força gravitacional
do planeta.
16. Como seria o universo se a antimatéria tivesse prevalecido sobre a matéria?
Seria exatamente igual ao nosso, desde que a antimatéria tivesse
prevalecido sobre a matéria na mesma proporção em que atualmente a
matéria prevalece sobre a antimatéria. A única diferença é que todas as
cargas positivas seriam negativas e vice-versa. Se houver dois
universos paralelos, um constituído de matéria e outro de antimatéria,
os dois poderão existir e se desenvolver nas mesmas condições desde que
nunca haja contato entre eles. "Se uma pessoa feita de matéria se
encontrasse com outra feita de antimatéria, as duas se anulariam
mutuamente", explica o físico Carlos Escobar, da Unicamp.
17. Como os astronautas se orientam no espaço, onde as bússolas não funcionam?
A orientação é feita por um conjunto de sensores, que determinam a
posição relativa da nave com relação às estrelas e ao Sol, além de
rastreadores GPS, que determinam tanto a posição na órbita quanto a
orientação. Fora da órbita da Terra, entretanto, o GPS torna-se
inoperante. A nave também é constantemente monitorada pelo controle na
Terra. Em caso de falha de algum sistema, os astronautas podem calcular
sua posição no espaço por meio da observação do Sol, da Terra e das
estrelas.
18. Existem outras dimensões além das quatro conhecidas (comprimento, altura, profundidade e tempo)?
A teoria conhecida como superstring (supercorda) propõe a existência
de dez dimensões. Ao longo da evolução do universo, essas dimensões
teriam sido embutidas nas quatro que conhecemos hoje.
19. É possível viajar no tempo?
Santo Agostinho dizia que os profetas eram pessoas especiais
a quem Deus dava o dom de viajar pela linha do tempo. Por muitos anos
essa questão ocupou as mentes mais brilhantes do século XX, como Albert Einstein e Stephen Hawking.
A Teoria da Relatividade deu um passo gigantesco rumo a uma resposta
satisfatória ao propor um modelo em que a luz se torna constante
enquanto o tempo se deforma na percepção de um observador em
movimento. Quanto mais rápido ele viaja, mais longo fica cada segundo
em comparação ao que ficou parado. O físico Kip Thorne, do
Instituto de Tecnologia da Califórnia, demonstrou que, em tese, é
possível viajar no tempo pelos chamados "buracos de minhoca", nome dado
a estruturas cósmicas remanescentes do Big Bang que conectam como
túneis dois pontos distantes do universo. Mas a tese encontra
obstáculos – o mais interessante deles é o chamado "paradoxo do avô",
em que alguém volta no tempo, mata o ascendente paterno e, portanto, não
poderia nascer. Além disso, ela implica o domínio de tecnologias de
deslocamento no espaço totalmente fora do alcance da humanidade atual.
20. Qual a possibilidade de haver outros universos além do nosso?
Algumas teorias falam da existência de múltiplos universos. O astrônomo americano Alan Guth
sustenta que nosso universo poderia ser apenas uma bolha em uma árvore
de infinitas bolhas. Segundo a teoria dos múltiplos universos, eles
nascem e se desenvolvem independentes uns dos outros. Para certos
estudiosos, poderia haver pontos de contato entre esses universos.
21. A matéria escura, que responde por 23% de tudo o que existe no universo, é realmente escura?
Não. O termo serve para indicar que essa matéria é incapaz de produzir energia – ou seja, de emitir radiação eletromagnética.
22. Por que os planetas são redondos?
A esfera é a única figura geométrica na qual todos os pontos da
superfície estão à mesma distância do núcleo. É natural, portanto, que
corpos com grande quantidade de massa e forte campo gravitacional, que
tudo atrai para seu núcleo, se tornem esféricos. Na verdade, os
planetas não são totalmente redondos. São ligeiramente achatados,
devido ao movimento de rotação.
23. O que é uma tempestade solar?
Os gases próximos à superfície solar, mantidos a altíssimas
temperaturas, liberam constantemente prótons e elétrons. Esses
elementos permanecem num estado da matéria conhecido como plasma. De
tempos em tempos, algumas regiões do Sol com campo magnético mais
intenso atraem e acumulam esse plasma. Forma-se uma espécie de manto que
impede a saída dos novos prótons e elétrons. As partículas acumuladas
vão pressionando o manto de plasma, que se rompe, resultando em
labaredas gigantes que liberam no sistema solar os prótons e elétrons
que estavam retidos. Essas partículas viajam pelo espaço e chegam aos
planetas. O campo magnético da Terra e a atmosfera funcionam como um
escudo que blinda nosso planeta contra esse tipo de radiação. A vida
seria impossível se ele chegasse à Terra com toda a sua intensidade.
24. Por que o Sol é vermelho na aurora e no poente?
A luz do Sol é constituída pelas sete cores do arco-íris: violeta,
anil, azul, verde, amarelo, laranja e vermelho. A luz normalmente se
propaga em linha reta, mas na atmosfera os raios solares colidem com
moléculas dos gases que a compõem e se espalham. Os de menor
comprimento de onda, como o azul, são os que mais se espalham. Por isso o
céu é azul. "No nascer e no fim do dia, quando vemos o Sol no
horizonte, os raios precisam atravessar um caminho muito mais longo na
atmosfera", explica Mikiya Muramatsu, coordenador do
Laboratório de Óptica do Instituto de Física da USP. Apenas o laranja e o
vermelho, mais longos, alcançam a região visível aos nossos olhos. É
por isso que vemos o céu avermelhado nesses períodos do dia.
25. Tudo no universo é feito de átomos?
Análises realizadas pela sonda espacial Wilkinson, da Nasa, mostram
que o universo é composto de 72% de energia escura, 23% de matéria
escura, 4,6% de átomos e menos de 1% de neutrinos. Na prática, isso
quer dizer que menos de 5% do universo é feito do tipo de matéria que
conhecemos e é visível aos nossos olhos.
26. Por que o astrônomo Carl Sagan dizia que os humanos são feitos de poeira estelar?
A afirmação alude ao fato de que somos feitos dos mesmos elementos
que deram origem às estrelas e aos demais corpos celestes. Até mesmo os
elementos químicos característicos dos seres vivos – como carbono,
nitrogênio e oxigênio – são sintetizados nas fornalhas nucleares no
interior das estrelas. Liberados quando uma estrela explode, esses
elementos são incorporados a uma nova geração de estrelas, aos planetas
que se constituem a seu redor e às formas de vida que vierem a se
desenvolver nesses planetas.
27. Todos os planetas giram em torno do próprio eixo?
Sim, por duas razões. Primeiro, porque os planetas tendem a
conservar o estado de movimento inicial da matéria que os formou. A
mesma atração gravitacional que mantinha gases e poeira em movimento –
antes de reuni-los na forma de planetas – mantém hoje a rotação.
"Tecnicamente, chama-se isso de conservação do momento angular", diz o
astrônomo Francisco José Jablonski, do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais. Os planetas também estão sujeitos a influências
gravitacionais de outros corpos, como estrelas e satélites, que ajudam a
definir seu eixo de rotação. Dentro desses parâmetros, há todo tipo de
excentricidade. Vênus, por exemplo, gira em sentido contrário ao dos
demais planetas.
28. O que aconteceria se a Terra parasse de girar?
Sem a rotação, responsável pelos dias e pelas noites, a incidência
de luz na superfície seria determinada pelo movimento da Terra em torno
do Sol. O dia terreno passaria a ter a duração de um ano, metade dele
com luz solar e a outra metade no escuro. O longo dia seria tórrido
como Vênus (400 graus), enquanto a noite seria gelada como Júpiter (100
graus negativos). Há dois cenários teóricos possíveis. No primeiro, os
oceanos se congelariam durante a longa noite de um dos lados do planeta
e a Terra mergulharia numa era glacial. No segundo, a evaporação
intensa das águas dos oceanos durante o dia criaria um efeito estufa de
grandes proporções. O resultado seria um calor brutal. Em qualquer das
hipóteses, a vida seria praticamente impossível.
29. Por que os quatro primeiros planetas do sistema solar são rochosos e os mais distantes são gasosos?
Logo após a formação do Sol, há 4,5 bilhões de anos, as moléculas de
gás e poeira que circulavam ao seu redor começaram a se juntar,
formando embriões de planetas. O vento solar acabou por soprar os gases
para longe, formando os planetas gasosos, mais distantes. Mais pesada,
a poeira formou os planetas próximos ao Sol. "Quanto ao tamanho, os
planetas gasosos costumam ser maiores do que os rochosos porque é mais
fácil aglomerar gás do que partículas", explica o astrônomo Eduardo Janot, professor do Instituto Astronômico e Geofísico da USP.
30. Que planetas giram em velocidade mais rápida?
O planeta que gira mais rápido em torno do próprio eixo é Júpiter.
Apesar de ser o maior do sistema solar, leva apenas 9,8 horas para
completar uma volta. O mais lento é Vênus, cuja rotação demora 243 dos
nossos dias. Na translação, o recordista é Mercúrio, cujo ano dura
apenas 88 dias. A velocidade decorre da proximidade com o Sol, que
exerce sobre ele forte atração gravitacional. O mais lento é Netuno:
demora 165 anos terrestres para dar uma volta em torno do Sol.
31. O que aconteceria se a Terra tivesse a baixa gravidade de Marte?
Se a gravidade da Terra caísse dos atuais 9,8 metros por segundo ao
quadrado e se igualasse aos 3,7 metros por segundo ao quadrado de
Marte, a atmosfera terrestre escaparia lentamente para o espaço. Como
gravidade, pressão e temperatura estão interligadas, a água do mar
poderia entrar em ebulição mesmo a 25 graus. Até a Lua se afastaria da
Terra. "Ela seria ejetada para fora do sistema solar", diz o
astrofísico Jorge Ernesto Horvath, da Universidade de São Paulo.
32. As nuvens existem na Terra desde que ela nasceu?
Não. Quando o planeta surgiu, há 4,5 bilhões de anos, era quente
demais para permitir a existência de nuvens, formadas de gotículas de
água. Estima-se que as primeiras nuvens tenham aparecido há 3 bilhões
de anos, com uma composição diferente da atual. Como mostram análises
geológicas feitas em rochas, além de água as nuvens do passado
continham metano, amônia, hidrogênio, hélio e gás carbônico.
33. O tempo passa de maneira diferente para os astronautas que orbitam a Terra a bordo da Estação Espacial Internacional?
A hora marcada por relógios atômicos colocados em órbita acusa
diferenças sutis da ordem de nanossegundos. Esse fenômeno é chamado
dilatação gravitacional do tempo. Para um astronauta na Estação
Espacial Internacional, o tempo passa mais rapidamente do que para quem
está na Terra, mas a diferença é imperceptível para os relógios comuns.
34. E se o núcleo da Terra esfriasse?
Se o núcleo terrestre esfriasse, o magma se solidificaria. Não
haveria mais erupções vulcânicas nem terremotos, já que eles resultam
do deslocamento das placas tectônicas sobre o magma. O planeta perderia
seu magnetismo, que é produto do movimento de metais magnéticos
presentes no núcleo. As espécies de águas profundas, dependentes do
calor gerado pela desintegração de elementos radioativos no núcleo
terrestre, desapareceriam. Isso desequilibraria a cadeia alimentar nos
oceanos, levando à extinção em massa. Apesar das mudanças, a superfície
do planeta não se congelaria, pois 90% do calor que aquece a Terra vem
do Sol.
35. Por que não podemos viver sem gravidade?
O corpo humano reage de modo intenso a alterações na força
gravitacional que age sobre ele. Os astronautas que passam longos
períodos no espaço, onde a gravidade é quase nula, sofrem de enjôos,
desorientação e insônia. A falta de gravidade também altera a
circulação sanguínea, causa descalcificação dos ossos e atrofia dos
músculos. Alguns microorganismos, como a salmonela, tornam-se mais
agressivos quando vivem em ambientes quase sem gravidade.
36. Por que os meteoritos produzem cores brilhantes no céu e até parece que estão parados, segundo alguns observadores?
As cores brilhantes são resultado da queima na entrada da atmosfera
de substâncias diferentes que compõem o meteorito. Cada metal emite uma
frequência diferente de luz quando se queima. Qualquer objeto viajando
diretamente na direção dos olhos de um observador pode parecer parado.
O desconhecimento desses dois fenômenos naturais faz com que muitos
observadores jurem ter visto objetos voadores não identificados.
37. Como se observam os planetas fora do sistema solar?
Ainda não é possível observar diretamente os planetas fora do
sistema solar, porque a luz das estrelas em torno das quais eles
orbitam os ofusca. A maior parte dos cerca de 300 planetas conhecidos
fora do sistema solar foi descoberta pelo método da velocidade radial.
Ao se observar a estrela-mãe e se constatarem pequenas variações em sua
velocidade de órbita, deduz-se que ela esteja sendo afetada pela
presença de planetas. Outro método consiste em avaliar se ocorre uma
oscilação regular na posição da estrela, sinal de que há um planeta em
sua órbita cuja gravidade a atrai. Uma terceira técnica consiste em
observar se há uma diminuição regular da luz da estrela-mãe, o que é
causado pela passagem de um planeta à sua frente. Por meio desse
método, também é possível analisar as cores da luz absorvida pela
atmosfera de alguns planetas e detectar a presença de elementos
químicos, como o sódio, ou materiais orgânicos, que são típicos de
planetas, e não de estrelas.
38. Qual a probabilidade de cair na Terra um asteróide como o que extinguiu os dinossauros há 65 milhões de anos?
Todos os asteróides que cruzam a órbita da Terra são potencialmente
perigosos. Mas somente objetos com tamanho acima de 140 metros de
diâmetro podem provocar danos graves. Catástrofes como a extinção dos
dinossauros envolvem asteróides com mais de 10 quilômetros de diâmetro.
Estima-se que um corpo celeste dessa proporção se choque com a Terra a
cada 100 milhões de anos, mas, como esse é um evento de natureza
aleatória, é impossível prever impactos futuros. Pelo que se sabe, não
há nenhum asteróide com mais de 1 quilômetro de diâmetro em rota de
colisão com a Terra.
39. O que se espera descobrir com o novo telescópio espacial James Webb?
O telescópio que substituirá o Hubble será lançado em 2013 com a
missão de obter dados sobre a formação das primeiras estrelas e
planetas. Também deverá captar imagens que permitam entender melhor a
formação e a aglomeração das galáxias. O James Webb, que ficará
posicionado a 1,5 milhão de quilômetros de distância da Terra – ou seja,
quatro vezes mais distante do que a Lua –, terá um espelho de 6,5
metros de diâmetro, detectores de infravermelho ultrapotentes, e será
capaz de captar sete vezes mais luz do que o Hubble.
40. E se Albert Einstein nunca tivesse nascido?
Diz-se que a Teoria da Relatividade Especial, proposta por Einstein
em 1905, jogou a ciência dez anos para a frente. Sua segunda grande
descoberta, a Teoria da Relatividade Geral, adiantou os ponteiros do
conhecimento em cerca de cinqüenta anos – desde que, claro, a teoria de
1905 tivesse sido posta de pé. Portanto, a resposta é: se Einstein não
tivesse feito o que fez, a física atual estaria hoje no patamar em que
estava no fim da Segunda Guerra Mundial.
Eletiva Astronomia
domingo, 24 de novembro de 2013
sexta-feira, 11 de outubro de 2013
Brasileiro registra a ISS passando pelo Sol
11/10/13 - 12:18
POR Salvador Nogueira
POR Salvador Nogueira
A oportunidade de ver um evento celeste cria uma estranha conexão nossa com o cosmos, como fôssemos testemunhas de algo maior do que a própria vida. Foi assim que o astrônomo amador Leo Caldas, de Brasília, me mandou um relato curioso dos esforços dele de registrar a passagem da Estação Espacial Internacional (ISS) à frente do disco solar, no último dia 9 (quarta-feira). “Hoje tive uma prova de que o Universo muitas vezes conspira a nosso favor”, relatou Caldas, em mensagem ao Mensageiro Sideral pelo Facebook. O fenômeno duraria apenas um segundo, às 15h47, e nosso intrépido astrônomo amador saiu de câmera em punho por uma estrada a 45 km da capital federal para estar no local certo em que seria possível registrar a passagem. Tempo parcialmente nublado, as nuvens angustiavam Caldas enquanto ele aguardava o horário exato para apontar sua Canon SX50 (com zoom óptico de 50x), com um filme velado de raio-X à frente da lente para poder registrar a superfície solar sem estouro de luz. “Às 15h47, apontei e comecei a dar o zoom quando um grande caminhão passou e balançou a câmera que estava nas minhas mãos fazendo eu perder o foco”, relata. “Assim que o consegui de novo, pude reparar coo pode ser boa e efêmera a satisfação do dever cumprido.”
Além da ISS, é possível ver algumas poucas manchas solares, fenômeno que foi objeto de estudo de Galileu Galilei, no século 17! Esse é um ótimo exemplo de como podemos participar dos acontecimentos celestes, mesmo sem grandes recursos. Quando pedi a Caldas autorização para divulgar o material dele, foi exatamente algo nessa linha que ele me disse. “Claro, inclusive para encorajar as pessoas que mesmo sem um equipamento de ponta podem tentar fazer o mesmo.”
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=F1JsZb2GtJc
quinta-feira, 10 de outubro de 2013
Astrônomos brasileiros descobrem a mais velha estrela gêmea do Sol
A estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos, contra “apenas” 4,6 bilhões do Sol
"Irmã" mais velha: gêmea solar HIP 102152, situada a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio (ESO/Digitized Sky Survey 2. Davide De Martin)
na constelação do Capricórnio, a estrela HIP 102152 tem idade estimada de 8,2 bilhões de anos – contra "apenas" 4,6 bilhões do Sol.
Gêmeas solares são estrelas que possuem massa, temperatura e composição química semelhantes às do Sol. Elas ajudam os pesquisadores a prever o que deve acontecer com a estrela nos próximos bilhões de anos ou, no caso das gêmeas mais novas, como ela tem se modificado ao longo do tempo.
A descoberta da primeira gêmea solar, denominada 18 Scorpii, ocorreu em 1997. Desde então astrônomos do mundo todo procuram por mais astros com as mesmas características. A nova estrela gêmea, além de ser a mais velha, é mais parecida com o Sol do que qualquer outra.
O estudo foi realizado com dados do Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul (ESO), que fica no Deserto do Atacama, no Chile. Em mais de 40 noites de observação, os pesquisadores estudaram a composição química e outras características da estrela. O estudo que relata as descobertas da equipe foi divulgado nesta quarta-feira no site do periódico Astrophysical Journal Letters e sairá em sua versão impressa no próximo mês.
O mistério do lítio – O estudo já permitiu aos pesquisadores contribuir para a solução de um mistério de seis décadas. Por meio do estudo de meteoritos, os pesquisadores sabem que, durante sua formação, o Sol tinha uma quantidade de lítio muito maior do que a atual (estima-se que a quantidade existente agora corresponda a cerca de 1% da original). Gêmeas solares também têm quantidades maiores deste elemento. O que teria acontecido com o lítio presente no Sol?
Com a descoberta da HIP 102152, que tem em sua composição ainda menos lítio do que o Sol, os pesquisadores descobriram que há uma correlação entre a quantidade do elemento químico e a idade da estrela: conforme o astro envelhece, os processos que ocorrem em seu interior fazem com que a quantidade de lítio diminua.
quinta-feira, 26 de setembro de 2013
'Cometa do século' pode criar chuva de meteoros ao passar pela Terra
Chuva de meteoros incomum pode atingir a Terra em passagem de cometa. Meteoros dificilmente serão visíveis e não trazem risco, segundo a Nasa
O cometa Ison, que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido ao seu brilho, o "cometa do século", pode criar uma incomum chuva de meteoros, de acordo com cientistas. Quando passar próximo à Terra neste ano, em novembro, é possível que a poeira deixada pela cauda do cometa crie uma estranha chuva quando o planeta receber o fluxo de minúsculas partículas que faziam parte do cometa.
"Em vez de queimar em um flash de luz, elas (as partículas) vão se mover suavemente para a Terra abaixo", afirmou em um comunicado o cientista especializado em meteoros Paul Wiegert, da University of Western Ontario.
As partículas de poeira vão viajar à velocidade de 201.168 km/h, porém assim que atingirem a atmosfera terrestre vão desacelerar até parar, apontam os modelos computacionais utilizados por Wiegert. Por conta disso, observadores provavelmente não poderão ver os meteoros enquanto eles passam pela atmosfera do planeta em janeiro de 2014, acredita o pesquisador.
O cometa Ison poderá brilhar tão intensamente quanto a Lua Cheia quando passar no ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória. Acredita-se que o corpo celeste poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia. O cometa não traz qualquer ameaça à vida na Terra, de acordo com a Nasa (agência espacial americana).
Descoberta
O Ison foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.
No dia 28 de novembro, ele deve chegar a uma distância não muito maior do que um milhão de quilômetros da superfície da estrela.
Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes e poderá iluminar os céus da Terra em janeiro de 2014.
No entanto, cometas são imprevisíveis, e o Ison poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/cometa-do-seculo-pode-criar-chuva-de-meteoros-ao-passar-pela-terra,72c48ac7f065e310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
O cometa Ison, que deve iluminar o céu da Terra até 2014 e poderá ser, devido ao seu brilho, o "cometa do século", pode criar uma incomum chuva de meteoros, de acordo com cientistas. Quando passar próximo à Terra neste ano, em novembro, é possível que a poeira deixada pela cauda do cometa crie uma estranha chuva quando o planeta receber o fluxo de minúsculas partículas que faziam parte do cometa.
"Em vez de queimar em um flash de luz, elas (as partículas) vão se mover suavemente para a Terra abaixo", afirmou em um comunicado o cientista especializado em meteoros Paul Wiegert, da University of Western Ontario.
As partículas de poeira vão viajar à velocidade de 201.168 km/h, porém assim que atingirem a atmosfera terrestre vão desacelerar até parar, apontam os modelos computacionais utilizados por Wiegert. Por conta disso, observadores provavelmente não poderão ver os meteoros enquanto eles passam pela atmosfera do planeta em janeiro de 2014, acredita o pesquisador.
O cometa Ison poderá brilhar tão intensamente quanto a Lua Cheia quando passar no ponto mais próximo ao Sol de sua trajetória. Acredita-se que o corpo celeste poderá ser visto a olho nu com um brilho intenso na Terra, quem sabe até mesmo durante o dia. O cometa não traz qualquer ameaça à vida na Terra, de acordo com a Nasa (agência espacial americana).
Descoberta
O Ison foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.
O Ison foi descoberto pelos astrônomos russos Vitali Nevski e Artyom Novichonok em setembro de 2012. O nome dado foi o da instituição na qual os dois trabalham, a International Scientific Optical Network.
No dia 28 de novembro, ele deve chegar a uma distância não muito maior do que um milhão de quilômetros da superfície da estrela.
Se o cometa sobreviver a esta passagem, deve se afastar do Sol ainda mais brilhante do que antes e poderá iluminar os céus da Terra em janeiro de 2014.
No entanto, cometas são imprevisíveis, e o Ison poderá se desintegrar durante a passagem nas proximidades do Sol.
http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco/cometa-do-seculo-pode-criar-chuva-de-meteoros-ao-passar-pela-terra,72c48ac7f065e310VgnVCM4000009bcceb0aRCRD.html
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quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Nova galáxia gigante é descoberta por astrônomos da Holanda
Foto: ASTRON
Especialistas do ASTRON, Instituto Holandês de Radio-astronomia, acabam de anunciar a descoberta de uma galáxia gigante, que era desconhecida até aqui.
O achado foi possível graças às imagens iniciais de uma espécie de "censo", que está sendo feito em todo o céu do hemisfério norte, através do telescópio internacional LOFAR (ILT).
Enquanto analisava o primeiro conjunto de imagens do projeto MSSS - Multi-Frequency Snapshot Sky Survey, George Heald, coordenador do estudo, identificou uma nova origem de radiofrequências do tamanho da Lua projetada no céu.
O centro desta nova galáxia localiza-se a cerca de 750 milhões de anos-luz da Terra, dizem os pesquisadores.
Pelo enorme tamanho, tudo indica que é muito antiga, ou muito poderosa.
Os pesquisadores da instituição holandesa estão agora fazendo o "censo' em frequências muito baixas, para chegar a um "exame superficial inicial" do céu, para criar no futuro um modelo que apoie a calibração de observações mais profundas.
A equipe internacional de astrônomos do projeto MSSS é composta por cerca de 50 especialistas de vários institutos, maioritariamente da Holanda, Alemanha, Reino Unido, Polónia, França e Itália.
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